quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E essa tempestade um dia vai passar...

Chovia dentro dela. Ora uma chuva fina, ora intensa, descontrolada. Um verdadeiro temporal. São tantas pedras fora do lugar, que a lama escorre por todos os cantos. Não há barreiras. E a tempestade traz logo a noite. O céu cinza escuro traz o medo. Ela não consegue ver nenhuma luz. Não consegue entender o motivo da chuva. Sentia-se perdida. Acuada. Presa. E ao mesmo tempo ferida. Ela só queria respostas. Queria a saída desse turbilhão. Mas não encontro nada. Somente a tristeza, as dúvidas, a insegurança, o medo. Precisava de ajuda, mas não estava pronta para estender a mão. Perdida. Sozinha. Triste. Cansada, procurava um lugar para se sentar. Iria esperar a chuva passar. Por que uma hora ela há de ir embora e deixar ver de novo o sol. Ouvir o som dos pássaros cantando e a poesia das flores. E agarrando-se ao que o resta de esperança, coloca-se a esperar. E adormeçe, torcendo para pelo menos, sonhar que já era feliz.

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