quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ela costumava pensar que  era forte,até o dia em que tudo deu errado.

Então sentiu-se mágica, como se todo seu ser, a alma, fossem magia, uma magia boa que a fazia vibrar por dentro, uma magia que não conhecia mas daria a vida para te-la sempre com ela.
Aquela magia incrível então ao poucos se desfazia e sua alma voltava ao normal, ou então o que sempre pareceu meio normal pra ela. A incrível magia foi embora, mas ela sabia que voltaria.
E sim, ela voltou , poucas vezes mais voltou, e cada vez mais forte, as vezes ela fazia chorar, mas era um choro que  não sabia o por que, talvez alegria, talvez angustia, ou então coisas totalmente distintas se unindo como um sentimento só, e assim a magia tomava conta de todo o seu ser , e  fazia dançar , mesmo que meus pés não tivessem essa capacidade ela  fazia pular e dançar, como uma bailarina, leve e delicada. Mas como das outras vezes, aos poucos ela foi sumindo, deixando apenas um corpo oco, com uma alma normal.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

... Saudades de você .R.

Scusa sai se provo a insistere - Desculpe, sabe, se tento insistir,

Divento insopportabile, io sono - Me torno insuportável, eu sei...

Ma ti amo, ti amo, ti amo - Mas te amo ... te amo... te amo ...

Ci risiamo. va bene, è antico, ma ti amo - É engraçado... vá lá, é antiquado, mas te amo...



Scusa se ti amo e se ci conosciamo - E desculpe se te amo e se nos conhecemos.

Da due mesi o poco più - Uns dois meses ou pouco mais.

Scusa se non parlo piano - E desculpe se não falo baixo.

Ma se non urlo muoio - Mas se não grito, morro.

Non so se sai che ti amo. - Não sei se sabe que te amo.

Scusami se rido, dall'imbarazzo cedo - E desculpe se rio, me entrego ao embaraço.

Ti guardo fisso e tremo - Olho pra ti fixamente e tremo.

All'idea di averti accanto - À ideia de te ter do meu lado.

E sentirmi tuo soltanto - E me sentir somente tua.

E sono qui che parlo emozionato - E estou aqui e falo emocionado.

E sono un imbranato! - E sou uma atrapalhada!






Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.


Cecília Meireles

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não são flechas de amooores!

Ela sabia que seu coração foi acertado bem no meio. Não eram flechas de amores. Eram flechas de ausência. Ela tinha medo de que isso fosse acontecer. Mais cedo ou mais tarde, tinha certeza que esse dia iria chegar. E chegou. Com toda sua força, soltou a flecha ! Mas, pobre desse coração. Apesar da flecha ter o acertado, ele sorri e espera um dia curar suas feridas com amor. Amor esse com intensidade maior que soltastes a flecha.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Há certas horas...

“ Há certas horas, em que não precisamos de uma paixão desmedida.. Não queremos beijo na boca.. E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama.. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir.. Alguém que ria de nossas piadas sem graça.. Que ache nossas tristezas as maiores do mundo.. Que nos teça elogios sem fim.. E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável.. Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado.. Alguém que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado.. Ou alguém que apenas diga: Sou seu amor.. E estou aqui..”
William Shakespeare

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ler é a solução ?

Clicou e abriu sua ' janela ' . Pensou várias vezes. Até que sua emoção falou mais alto. Ela puxou o assunto como sempre fazia. Mas, viu que realmente não estava tudo como antes. Aos poucos foi deixando-a sensivel demais para uma segunda-feira. Ela tinha que ter forças para não acabar assim com toda a semana. Pegou então " Corações Partidos - Luiz Antonio Aguiar " como se fosse uma maneira dela aliviar, ' devorou' o livro em menos de 1hora. E assim foi lendo, um livro atrás do outro.Para tentar solucionar o que a machucava.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E essa tempestade um dia vai passar...

Chovia dentro dela. Ora uma chuva fina, ora intensa, descontrolada. Um verdadeiro temporal. São tantas pedras fora do lugar, que a lama escorre por todos os cantos. Não há barreiras. E a tempestade traz logo a noite. O céu cinza escuro traz o medo. Ela não consegue ver nenhuma luz. Não consegue entender o motivo da chuva. Sentia-se perdida. Acuada. Presa. E ao mesmo tempo ferida. Ela só queria respostas. Queria a saída desse turbilhão. Mas não encontro nada. Somente a tristeza, as dúvidas, a insegurança, o medo. Precisava de ajuda, mas não estava pronta para estender a mão. Perdida. Sozinha. Triste. Cansada, procurava um lugar para se sentar. Iria esperar a chuva passar. Por que uma hora ela há de ir embora e deixar ver de novo o sol. Ouvir o som dos pássaros cantando e a poesia das flores. E agarrando-se ao que o resta de esperança, coloca-se a esperar. E adormeçe, torcendo para pelo menos, sonhar que já era feliz.

Um passarinho, Um amor.

Ela estava na janela de seu quarto, quando percebeu um belo passarinho vindo com tudo em sua direção. A colisão foi forte que até lágrimas tiraram de seus belos olhos cor de mel. Vendo que a menina precisava de compania o passarinho voltou mais uma vez no dia seguinte. Ela dava comida. O tratava com todo carinho possível. Um dia, esse passarinho não apareceu. Ela, com preocupação foi até o bosque para ver se o achava. E la estava ele. Porém não estava sozinho. Então ela tirou de sua mochila um lençol, colocou na grama e sentou.  Ficou assim sentada, imóvel, até o sol se pôr, vendo o pequeno passaro. No dia seguinte ela foi correndo para encontrar o passarinho com medo dele não aparecer. Chegando lá ela o encheu de beijos. Estava com saudades. E assim se passaram os dias, quando ele não aparecia ela o procurava. Com o passar do tempo, ela foi pegando imenso amor pelo pequeno animal.Tudo que estava ao seu alcance ela fazia por ele. Tudo que ele precisasse ela estaria ali para ajudar. Naquela tarde de sol, ela resolveu ir a procura do passarinho para dar uma volta. Porém ele não estava mais la. Desesperada correu até suas amigas para pedir ajuda para achar o pequeno amor. Suas amigas achavam uma loucura por que sabiam que era algo platonico na vida da pequena menina. Mas, ela com toda sua energia foi a procura sozinha. Andou... Andou... e nada! Ja estava escurecendo quando viu aquele bichinho azul anil voando entre as arvores. Se aproximando percebeu que ele estava muito feliz sem ela... Resolveu voltar então para sua casa, onde fica horas e horas na janela esperando talvez a sua vinda novamente... Mas em sua cabeça ela sabe que será impossivel, pois existem varias janelas abertas no mundo não vai ser na dela que ira pousar de novo...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Carta extraviada...

Oii meu querido,
Você está bem? Espero que sim.
Sabe, tem horas que eu tenho tudo planejado, todo o meu futuro na palma da mão; mas tem horas que eu tenho medo. Tenho medo de não ser isso, tenho medo de me arrepender, de não suprir suas expectativas. No entanto, tenho aprendido que não são as decisões que são erradas, o que muitas vezes faz com que erremos é a forma como lidamos com elas. Isso não me faz ter menos medos, mas me ajudou a me aceitar.
Eu também aprendi que não devo apenas sonhar meus sonhos, e sim vivê-los a cada dia. Entende? Eu vou trabalhar diariamente em prol deles. Quero seguir minha consciência em tudo, e um dia eu vou conseguir. Eu sonho com a liberdade, trabalho em prol disto. Eu sei que os meus não são os teus, mas você se encontra neles. Vai ser tão desesperador um dia acordar e sonhar sozinha, ou nem ter mais com o que sonhar. Vai ser triste. Muito. Sonha comigo! Realiza comigo!
Pode até não parecer, mas eu sonho apenas com o que é essencial pra mim felicidade, e você faz parte dela. Sonho pra mim não é sinônimo de "impossível". O essencial é simples, só é difícil.
Eu quero fazer você se sentir importante, não só pra mim, mas pra você mesmo. É tão bom. De vez em quando eu experimento. Bate uma depressão... Eu choro e choro... Mas é tão bom. Um dia eu vou parar de chorar, porque acredito que todas estas lágrimas são os meus medos, todos estão indo embora aos pouquinhos. É preciso chorar agora e eu quero chorar agora. Mas é preciso ser aos poucos. Existem medos que nos incitam à cautela.
Eu quero que você sonhe grande! Grande e modestamente... A felicidade requer pequenos fatos, pequenos e grandiosos ao mesmo tempo.
E eu espero, espero muito, muito, que eu seja um sonho teu. Um sonho que tu vivas dia a dia, pelo qual tu trabalhas e luta diariamente.
Somos jovens, temos medos, lágrimas. Um dia não choraremos mais. Seremos destemidos!
Sonhe comigo, tanto ao meu lado quanto comigo.
Porque saibas e tenhas certeza que tu és um sonho meu, pelo qual trabalho.
Vem viver minha liberdade.

Contradição

Num silêncio mortal ela disse a todos que não aguentava mais. Ela queria fugir para algum lugar onde as novas tecnologias não existissem , onde as águas do rio fossem límpidas, onde as árvores abrigassem inúmeros especies de passaros. Num silêncio compartilhado disse que precisava ir sozinha, para pensar o porque adquiriu aquele enorme sentimento pelo virtual/platonico. Num silêncio doloroso disse que não entendia o significado daquelas lagrimas, se estava tudo bem, não entendia o sofrimento. Num silêncio confuso disse que não podia se apaixonar por aquilo que não estava fisicamente ao seu lado. Num silêncio cansado disse que iria desistir. Num silêncio ilusório disse que ainda tinha esperança. Num silêncio mortal ela disse a todos que não aguentava mais...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para se roubar um coração...

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo